[14 de novembro de 2019]
Quem são as crianças de hoje? Esta pergunta foi lançada pelo mestre e doutor em Educação, Ailton Dias de Melo, durante a última palestra do ano do projeto Família Presente, realizada, ontem, no auditório do CCBEU.
Segundo o palestrante, que também é professor, filósofo e psicólogo, elas são uma resposta ao mundo atual. Ele observou que não podemos comparar a nossa infância com a de hoje, pois os estímulos mudaram muito.
Ailton Dias explicou que o que temos de fazer, escola e família, é ouvir com estesia, ou seja, com habilidade para entender os sentimentos das crianças. Em outras palavras, é escutar as crianças para perceber as demandas atuais, e, então, pensar a educação.
Para o especialista, o desafio é ser o que queremos educar. E citou um exemplo: a empatia, que está na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Mas não consigo ensinar empatia. É um processo que leva a criança a ser empática, algo que ela precisa entender e reproduzir na vida. Conseguir formar para a competência socioemocional é um desafio porque não temos tido tempo de viver essas competências”, completou.
Ao final, o palestrante destacou que criança precisa de frustração e de limite, este determinante para a autoestima. “Dizer não e frustrar é uma forma de amar”, pontuou. Ele defendeu, ainda, que criança tem de brincar, imaginar, fantasiar, criar. “O que seria de nós sem os nossos sonhos?”
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