[11 de setembro de 2019]
Vivemos em um mundo muito acelerado. Parecemos estar sempre atrasados! Pais, avós e cuidadores acelerados provocam instabilidade nas crianças?
O questionamento foi feito ontem pela neuropsicóloga Fabíola Menezes, no início da palestra Os efeitos do excesso de estimulação na infância, realizada no auditório do CCBEU pelo projeto Família Presente da Escola Casa das Letras.
A resposta do palestrante, o pediatra Fábio Borges Pessoa, foi a de que as consequências dependem de fatores genéticos e ambientais. “A base genética influencia e o ambiente age positivamente ou não”, observou.
Fábio disse que o estresse pode estar presente no dia a dia e que enquanto isso nos motivar a vencer obstáculos, tudo bem. Mas o médico cita o estresse tóxico, repetitivo. Este, sim, segundo ele, gera prejuízo na arquitetura do cérebro da criança.
De acordo com o especialista, o estresse tóxico é nocivo para o comportamento e o desenvolvimento infantil. Então, orienta-se, principalmente na primeira infância, que o ambiente seja o de contato e afeto porque criança não se desenvolve sozinha. “Ela precisa estabelecer troca”, ressalta.
Dr. Fábio ainda ressaltou que, nos dias atuais, as telas tornam-se as maiores companheiras das crianças. O pediatra apontou que, apesar do uso de novas tecnologias fazerem parte da vida moderna, a exposição exagerada das crianças aos tablets e celulares pode ser nociva ao desenvolvimento das crianças.
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