Série Em casa
POLLY DUARTE
O DOM E A ALEGRIA DE DESENHAR
[14 de abril de 2020]
Por Nara De los Angeles
Que tal criar personagens de papel colorido, cortado aleatoriamente, depois desenhar, colorir e imaginar uma história bem legal? É o que propõe a designer, ilustradora profissional e palestrante, Polly Duarte, para estes dias em casa. Leia uma entrevista com a artista e conheça alguns dos livros que ilustrou e publicou e mãos à obra!
Casa das Letras – Quando começou a desenhar e como o desenho tornou-se profissão?
Polly Duarte – Aos 9 anos de idade já gostava de pintar. Sempre coloria as tarefas da escola com muito esmero. Nessa idade, descobri que também sabia desenhar. Foi quando fiz a cara do Pateta. Levei um susto! Mostrei para meu pai e ele me disse que eu era uma artista! Acreditei, treinei, estudei, fiz faculdade de Design e me tornei ilustradora profissional.
CL – O que mais gosta de desenhar?
PD – Gosto muito de desenhar para livros infantis. Porém, escolhendo um tema específico, adoro desenhar plantas e pássaros!
CL – Você desenha todos os dias? Quanto tempo passa fazendo isso e o que sente?
PD – Para um profissional que trabalha com desenho, é muito importante desenhar todos os dias. Mas, nem sempre é possível, devido à quantidade de compromissos. Também leciono ilustração e outras matérias. Mas, sempre que posso, estou no ateliê, produzindo algo. Sinto que estou no lugar certo, fazendo a coisa certa. Fico muito feliz!
CL – Qualquer pessoa pode ser boa no desenho?
PD – Acredito que sim! Quem quiser desbravar esse universo, precisa de treino e persistência! Estudar, fazer cursos e se atualizar é muito importante!
“É bom unir arte e fantasia, fazer brotar cenários e personagens inimagináveis!”
CL – Existe desenho feio e bonito, já que a arte é livre?
PD – Existe o desenho de cada um. Nele cada pessoa expressa sua identidade, assim como os poetas! O lindo disso é a diversidade!
CL – Como você escolhe as cores, na hora de colorir o que desenha?
PD – Vai de acordo com cada projeto. As cores comunicam muita coisa. Então, tiro proveito disso na hora de escolher a paleta de uma ilustração. Para passar uma mensagem mais alegre e vibrante, busco colocar cores mais quentes como vermelho, laranja e amarelo, por exemplo.
CL – Como prefere desenhar e colorir: com lápis de cor, canetinha, giz de cera, tinta ou é melhor fazer tudo no computador?
PD – Adoro experimentar material novo! Quando quero uma ilustração em preto e branco, geralmente utilizo a tinta nanquim. Quando quero uma ilustração colorida, gosto de lápis de cor, guache. Mas o material de que mais gosto é o pastel seco. Ele deixa as ilustrações fluidas e com cores bem fortes! Também faço muitas ilustrações no computador. Escolher se irei utilizar técnica tradicional (essas que citei) ou digital, vai de acordo com o projeto. Os dois jeitos de pintar e desenhar são importantes.
CL – Quem pretende ser desenhista tem mesmo de saber tudinho sobre programas de computação gráfica?
PD – Tudinho é muita coisa! Mas, é sempre importante correr atrás de informações e sempre se atualizar. Mas, pra começar, a velha e boa dupla lápis e papel é suficiente! Depois, esses desenhos podem ir para a plataforma digital. O photoshop é um bom programa para começar a explorar o universo digital.
CL – Quais são seus planos com o desenho?
PD – Estou em um momento de me dedicar mais às ilustrações para livros. É algo que sempre vou querer fazer. Também gosto de criar. Levar meus desenhos para outras esferas, além do papel, é algo que tenho em mente e pretendo colocar em prática. O desenho sempre estará comigo, independentemente de onde será aplicado!
“Conquistei alguns prêmios, Mas o que considero mais gratificante é o reconhecimento do público. Não têm preço os abraços e sorrisos diante de uma ilustração minha ou bons comentários na mídia!”
Veja os desenhos da Polly no site da artista: http://pollyduarte.com.br/
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