A ação social do projeto Cultivando Valores, Promovendo um Mundo Melhor já entregou as primeiras doações às creches e ao asilo escolhidos pelos alunos do Ensino Fundamental! Até outubro, as crianças têm outras visitas agendadas. Conheça melhor essa história que ensina sobre amor e solidariedade

Eu estava ansioso por aquele dia, lembra Péricles, aluno do 3º ano. Ao lado dos colegas de sala, ele visitou a creche Casa Verde, em Aparecida de Goiânia. Lá, a turma entregou leite e achocolatado, arrecadados após uma campanha na escola. “Eu me senti especial por ajudar”, diz ele.

Foi assim: os alunos do 1º ao 5º ano escolheram três creches e um asilo que precisam de doações para funcionar. As crianças perguntaram quais são as principais necessidades de cada instituição e definiram que produtos seriam doados.

Ao longo do ano, elas vão visitar cada lugar outras vezes para levar doações. O 1° ano está ajudando a Creche Santa Luzia com objetos escolares. Já o 2° ano, que adotou a Creche São Cristóvão, e o 4° ano, que vai colaborar com o Asilo São Vicente de Paula, ficaram de arrecadar alimentos não-perecíveis.

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Mas os alunos não entregam apenas produtos. A cada visita, eles doam tempo em momentos como lanches coletivos, brincadeiras com as crianças atendidas pelas creches e bate-papo com os idosos que moram no asilo.


Isabelly, Péricles e Matheus doam alimentos e tempo para brincar com as crianças da creche adotada pelo 3º ano

Isabelly, aluna do 3º ano, diz que o momento da visita é emocionante! Ela gosta de chegar à creche e brincar de cantar com os caçulinhas de lá. A menina revela que aprendeu a gostar de ajudar o próximo com os avós.

Matheus conta que se sente muito feliz cada vez que encontra as crianças da creche e brinca com elas. A ação social faz parte do projeto Cultivando Valores, Promovendo um Mundo Melhor, desenvolvido pelo Ensino Fundamental.

Segundo a coordenadora pedagógica Karla Tavares, enquanto ajudam, os alunos aprendem, em sala de aula, sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (Eca), os direitos do idoso, diferenças entre instituição particular, filantrópica e pública e os motivos pelos quais crianças e idosos são atendidos nesses locais.

“O objetivo principal do projeto é despertar a solidariedade, sair do significado para prática”, diz Karla.

Momento da visita do 3º ano à Creche Casa Verde


Vejo essa ação como uma semente plantada. Sei que teremos bons frutos sempre. Ela traz resultados imediatos para os que recebem, mas, para as crianças, é um aprendizado para agora e para o futuro. Agradeço imensamente a Escola Casa das Letras, as professoras, as crianças e as famílias por fazerem a diferença na sociedade.

Claudia Costa, psicopedagoga e diretora pedagógica da Creche Espírita Casa Verde

Projeto teve outra ação social ainda em 2018

O projeto Cultivando Valores, Promovendo um Mundo Melhor, do Ensino Fundamental, foi criado em 2017. De lá para cá, envolveu atividades sobre valores, sentimentos, educação financeira e ação social.

No ano de criação, cada turma, com apoio de amigos e da família, juntou dinheiro em um cofrinho e usou o valor total para fazer uma festa de fim de ano na escola.

Já no final de 2018, o projeto desenvolveu novamente atividades sobre educação financeira, mas inclui uma ação social: as crianças decidiram destinar o montante da poupança ou parte dele à compra de produtos para doar a instituições como creches e asilos.

Leila diz que o filho, Bruno, aprendeu sobre economia e solidariedade com o projeto da escola

A professora Leila Botelho Garcia, mãe do Bruno, hoje aluno do 5º ano, conta que o filho ficou muito empolgado com o projeto e com a decisão de doar os recursos economizados pela turma.

“Com este gesto, a criança desenvolve a sensibilidade de ser humilde, de ajudar o próximo e de querer praticar o bem. Além disso, amplia a capacidade de sentir-se bem ao ver a felicidade de outras pessoas”, avalia Leila.

Educação financeira

O educador financeiro José Mário Carvalho, da Clínica de Finanças, diz que aprender a lidar com o dinheiro desde criança é muito importante.

Ele conta que a mesada já foi motivo de estudo por especialistas. “Chegou-se a propor que, a partir dos cinco anos de idade, a criança recebesse o equivalente a 2 reais por ano de vida por semana, até o início da adolescência”, observa.

A ideia é que pais e filhos negociem o valor da mesada. Geralmente é definida de acordo com o que a criança gasta com lanche, cinema ou outro passeio, mais uma pequena fração para imprevistos.

Mas, na opinião de José Mário, a mesada ou semanada não deveria estar atrelada à troca por serviços domésticos básicos. “Esses devem fazer parte da contribuição da criança para a manutenção do ambiente do lar”, sugere o educador financeiro.

Algumas fotos das visitas das crianças às instituições adotadas pela ação social do projeto Cultivando Valores, Promovendo um Mundo Melhor: